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Wednesday, June 13, 2012

FANFIC - PAIXÃO E CRUELDADE - CAPÍTULO 9




Boa tarde galera! E a troca de bilhetinhos continua firme e forte, mas a volta de Jasper com o pedido de Edward pode trazer complicações para o relacionamento...

Título: Paixão e Crueldade
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Universo Alternativo, Lime, Darkfic, Drama
Censura: NC-16
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Violência, Heterossexualidade, Sexo

Paixão e Crueldade
By Lunah

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


Capítulo 9

Edward PDV

Era a primeira vez que eu chegava à detenção sem nenhum machucado novo. A reputação de “perigoso” realmente veio a calhar. Já não estava achando tão ruim ficar preso ali, geralmente era silencioso e eu conseguia ficar longe das lamentações do meu pai.
O Sr. Gray sempre começava a ler um livro e acabava cochilando. Era como ficar sozinho, pois Bella e eu nos ignorávamos. No entanto, depois do incidente no banheiro, ficou um pouco mais difícil fingir que ela não estava presente. Mesmo com a garota sentada do outro lado da sala, ainda podia ouvi-la cantarolar baixinho uma canção que não reconheci. Bella girava uma caneta em cima do caderno, aparentemente perdida em seus próprios pensamentos.

Isabella PDV

“Você consegue imaginar um momento em que a verdade correu livre? O nascimento de todos nós e a morte de um sonho. Mais perto do limite...” – a música do 30 Seconds To Mars não saía da minha cabeça e era impossível não cantá-la baixinho.
Girava a caneta em cima do caderno fingindo que o tempo estava voando, mas a verdade é que em meu íntimo almejava que o tempo simplesmente parasse. Seria difícil não ver Edward todos os dias.
Será que morando em outro país vou conseguir superá-lo? Talvez...

Edward PDV

Com mais nada para fazer, fiquei observando Bella. Antes não me interessei em saber quem ela realmente era, pois já tinha formulado uma idéia sobre seu caráter. Eu a considerava descerebrada, ninfomaníaca e narcisista. O estranho é que, depois de vê-la implorar ajuda por causa de um amigo, essa imagem foi gravemente abalada. Era impossível não notar que Bella já não andava por aí se exibindo, assim como também não se envolveu com mais nenhum aluno... Aparentemente.
Por que fica tão quieta? Onde está todo aquele fogo que me fez perder a cabeça?

* TERÇA-FEIRA *

Como já era de costume, o Sr.Gray dormiu e Bella ficou do outro lado da sala rabiscando o caderno. Por estar mais entediado do que nos outros dias, apoiei os pés na carteira da frente e fechei os olhos. Minutos depois, minha cabeça foi atingida por algo leve. Ao abrir os olhos, vi uma bola de papel em cima da carteira. Intrigado, abri o papel e li em silêncio:

“Estimado não-colega...
Não precisa dizer que arruinei a sua vida e blá, blá, blá... A questão não é essa. A questão é que estamos na detenção há mais de um mês. Está cada dia mais difícil suportar essa chatice, então venho, através desta, lhe propor um tratado temporário de paz. Não precisamos ser amigos, mas podíamos ser aliados na luta contra o tédio. Hoje, enquanto estivermos dentro dessa sala, podíamos pelo menos conversar um pouco. Não se preocupe, quando sairmos daqui você pode continuar agindo como se fosse me dar um tiro. Topa?”

Ergui a cabeça e encarei Bella absolutamente surpreso.

Isabella PDV

Edward ficou pensativo por alguns minutos e, pela cara de poucos amigos, pretendia me mandar pastar. Quando começou a escrever no mesmo papel que lhe joguei, meu estômago revirou, já prevendo o festival de xingamentos que vinha pela frente. Ele lançou a bola de papel de volta e imediatamente a abri.

“Nada estimada não-colega...
Só há um jeito de isso funcionar. Dentro dessas quatro paredes, devemos nos tratar de uma forma diferente, do contrário, acabaremos em ataques mútuos. Finja que tem um amigo que não vê há uns 10 anos e escreva uma carta para Anthony, que, no caso, sou eu. Então responderei a carta, mas não para Bella, e sim para Anabella. Concorda?”

Ergui a mão e fiz sinal de positivo. Não dava para fingir que éramos dois estranhos que acabaram de se conhecer. Assim como também não era possível ficar frente a frente papeando como se não tivéssemos enlouquecido um ao outro. Por essas questões e mais, achei a ideia de Edward extremamente interessante. Animada com a possibilidade de falar com ele sem troca de farpas, comecei a escrever o que vinha na minha cabeça.

Edward PDV

Assim que Bella terminou de escrever, dobrou sua carta em forma de avião e lançou para mim. Levantei e a peguei no ar. Tentando disfarçar a curiosidade, abri a carta pigarreando.

“Caro Anthony, como vai você?
Nossa, como o tempo voa... Já faz muitos anos que não nos falamos. Tantas coisas mudaram que eu nem seria capaz de fazer uma lista. Crescer não foi exatamente como eu esperava. Meu corpo passou por tantas mudanças que eu mesma mal consigo acreditar. Uma das coisas boas é que agora não sou mais uma tábua, rsrsrs. É, eu finalmente tenho seios!”

Sem querer ri alto.

“Esquece essa besteira que eu escrevi! Imagino que também tenha mudado bastante. Ter 18 anos não é uma loucura? Alguns dias desejamos abraçar o mundo, outros só queremos correr para longe das responsabilidades. Falando em responsabilidades... Como vão os estudos?
Aguardo resposta.
Atenciosamente...
Marie.”

Estranhei Bella ter assinado como Marie, mas não questionei seus motivos e imediatamente comecei a escrever uma resposta.

Isabella PDV

Edward demorou apenas alguns minutos para ler e responder minha carta. Ele também a enviou em forma de aviãozinho, então a desdobrei e li com receio.

“Marie...
Eu estou razoavelmente bem, obrigado. Crescer também não foi como eu esperava. Com 15 anos eu já me sentia um adulto. Acredito que não tive uma adolescência muito normal. Eu sempre quis seguir os passos do meu pai e acabei ficando obcecado com a idéia de ser presidente do grêmio estudantil do meu colégio. Acho que eu só era um idiota querendo impressioná-lo. Sei lá... Talvez eu tenha perdido muita coisa dessa fase porque, enquanto os outros garotos se divertiam com festas e paqueras, eu ficava em casa estudando e pensando em formas de incrementar meu currículo escolar. Droga! Eu nem sei por que estou escrevendo isso! Por favor, desconsidere.”

Fiquei olhando para o papel sem saber o que pensar. Será que Edward estava tão louco para se abrir que estava fazendo aquilo justo comigo? Será que eu era a única pessoa disposta a ouvi-lo?

Acho bacana ter 18 anos. Dá para fazer muita coisa legalmente... Você sabe. O colégio é UMA DROGA! UMA DROGA! UMA DROGA! Minhas notas caíram muito, só que não estou ligando muito pra isso nesse momento. E você? Aposto que está prestes a ser reprovada. Nunca te achei com cara de estudiosa.
Atenciosamente...
Anthony.
P.S. Parabéns pelos seus seios.”

Fiquei com tanta vergonha de seu “P.S” que joguei o cabelo para o lado e escondi o rosto morrendo de rir.

Edward PDV

Bella me enviou outra carta e eu a abri sem saber o que esperar.

“Anthony, tudo bom?
Lamento decepcioná-lo, mas já tenho créditos suficientes para chegar à faculdade. Sou boa em todas as matérias, exceto economia doméstica. Não sei cozinhar, nem nada desse tipo. Assustador, né?
Foi interessante ler sobre sua adolescência. Na verdade, é quase um alívio saber que não sou a única que detestou essa fase. Se eu pudesse, a riscaria da minha vida. Eu também ficava em casa estudando, embora algumas vezes tenha desejado sair e “curtir” como as outras garotas. Eu não era, digamos, muito sociável, então nunca tinha um par para sair nos finais de semana. O ponto alto dos meus sábados era ler, pela milésima vez, “Hamlet” ou “O Conde de Monte Cristo”. Deprimente, eu sei...”

Como assim? Não! Essa não podia ser a Bella! Será que estava me zoando?

“Lamento pela questão com seu pai. Às vezes, realmente ficamos perdidos em propósitos que depois se tornam obsoletos. E agora? O que você quer ser?
Atenciosamente...
Marie.”

Isabella PDV

Edward demorou um pouco mais para responder. Fiquei ainda mais nervosa, pois amassou a carta que ia me enviar e escreveu outra. Ao abrir o “aviãozinho” que jogou, pude finalmente ler:

“Cara Marie...
Está brincando? Não consigo te imaginar estudando, muito menos esperando um convide para sair. Definitivamente, é difícil de acreditar! Inicialmente escrevi questionamentos sobre tudo isso... E alguns xingamentos também, mas depois percebi que “se passaram 10 anos” e isso é tempo demais para acreditar que ainda te conheço. Vou te confessar uma coisa: tem uma porção de gente que achei que conhecia bem e acabaram me decepcionando. Na real, eu não conheço ninguém, muito menos você. Se me diz que tudo isso é verdade, só me resta acreditar. Se for mentira, bem, acho que nem me importo.
Continuando... Como assim não sabe cozinhar? Não é tão complicado. Pode parecer estranho, mas até que sei me virar bem na cozinha. Não estou me gabando... Talvez, só um pouco.”

Sorri só de imaginá-lo cozinhando.

“Sabe, você me fez uma pergunta extremamente difícil. Eu tinha uma vida bem planejada e estruturada, só que agora não faço a menor idéia do que farei. Não quero me envolver com política, nem com administração... Enfim, talvez acabe nem indo para a faculdade pelo simples fato de não saber o que cursar. Qualquer pessoa me diria: faça algo de que gosta. O problema é que, no momento, não gosto de nada e não me interesso por nada. Eu devia estar desesperado por me sentir assim?
Aguardo resposta.
Atenciosamente...
Anthony.”

No momento em que ia começar a escrever uma resposta, o alarme do relógio do Sr.Gary tocou nos avisando que era hora de ir embora. Juntei minhas coisas, me despedi do professor e passei pela porta junto com Edward. Não trocamos sequer um olhar.

* QUARTA-FEIRA *

Edward PDV

Bella e eu partilhamos as mesmas aulas e nos tratamos com a frieza de sempre. No horário do almoço, ela não veio sentar-se comigo. Achei o fato curioso, já que ela parecia adorar de me importunar. Gostei de ela ter entendido que não a queria por perto, mas também não precisava deixar de comer só para me evitar.
Quando a última aula acabou, segui para a detenção. Normalmente, eu enrolava um pouco e sempre chegava atrasado, mas dessa vez fui pontual só para descobrir se Bella tinha começado a debochar de mim pelas coisas idiotas e precipitadas que escrevi. Eu estava amargamente arrependido de ter caído em mais um de seus “joguinhos”.
 Boa tarde Sr.Gray.  sentei-me na carteira de sempre.
 Boa tarde Edward.
Passaram-se 7 minutos e nem sinal da garota. Comecei a pensar um monte de bobagens relacionadas com o que escrevi. Não sabia se ainda existia algo em que ela pudesse me prejudicar, mas a dúvida me inquietou. Por fim, acabei temendo por sua segurança, questionando-me se os Falcons tinham lhe feito algum mal.
 Boa tarde Sr.Gray.  Bella arrastou-se até sua carteira e senti-me levemente aliviado.
 Qual o motivo do atraso, senhorita?
 A verdade, senhor?  franziu o cenho.
 É o que eu espero.
 Cochilei sem querer.  sorriu aparentemente constrangida.  Desculpa.
 Que isso não se repita.
Quarenta minutos depois, o Sr.Gray dormiu. Terminei o exercício que passou e fiquei me fingindo de distraído, mas infelizmente estava era com a minha atenção voltada para a forma como Bella escrevia. Estaria respondendo a minha carta?
Claro que não, seu burro! O tratado não tem validade hoje.
Cerca de três minutos depois, Bella fechou o caderno e relaxou na cadeira. Foi meio frustrante confirmar que estava respondendo o exercício e não escrevendo para mim.
Tentei pensar em outras coisas. Muitas, muitas outras coisas, só que depois de uns 10 minutos acabei escrevendo um bilhete para a garota.

Isabella PDV

Fiquei espantada pelo fato de Edward jogar uma bola de papel em mim. Eu sabia que era um bilhete, mas não esperava que quisesse falar comigo. Peguei o bilhete que foi parar na carteira à minha frente e o li.

“Marie...
Reparei que parou de me escrever e gostaria de saber se perdeu o interesse em manter contato.
Atenciosamente...
Anthony.”

Fiz um esforço gigantesco para não sorrir. Edward queria continuar com a “brincadeira”? Por essa eu não esperava.
Empurrei o sono para longe e, imediatamente, comecei a lhe escrever uma carta.

Edward PDV

Outra vez dobrada em forma de avião, Bella me enviou uma carta.

‘Caro Anthony...
Não pense que me esqueci da pergunta que me fez na última carta; na verdade, passei a noite em claro pensando em tudo que escreveu.”

Imediatamente me questionei se era verdade. O fato de ela ter cochilado no colégio confirmava sua alegação?

“Não acho que deva se desesperar por não saber que rumo quer tomar na vida. Parece que todo mundo passa por isso em algum momento. Alguns se precipitam, e outros esperam que surja uma “luz” que os indique a direção certa. Eu realmente acredito que essa “luz” exista, e estou esperando por ela já faz um tempo. Ultimamente tenho acreditado que vou encontrá-la em outro país. Espero que você consiga achar a sua.
Você me falou que não se interessa por nada e eu não acreditaria se não estivesse passando pela mesma situação. Por favor, entenda que não é hipocrisia. Eu sei exatamente como se sente!
E pessoas? Tem alguém que pode te dar “O conselho certo”?
Atenciosamente...
Marie.”

Suspirei, admirado com as palavras maduras e coerentes de Bella. Impulsionado pela forma sensível com que me respondeu, peguei a caneta e comecei escrever.

Isabella PDV

Edward parecia bastante concentrado enquanto escrevia. Às vezes olhava para o céu através da janela, possivelmente refletindo sobre o que escrevi. Quando me enviou a resposta, meu coração bateu um pouco mais forte de ansiedade.

“Marie...
O que escreveu fez-me enxergar a situação sob uma perspectiva diferente. Obrigado. É possível que exista mesmo essa “luz”. Quando eu achá-la, quem sabe as coisas melhorem.
Como dei a entender antes, não tenho ninguém confiável no momento. Já tive um melhor amigo e um namorada, mas isso... Deixa pra lá! Quanto ao conselho, dispenso! Segui conselhos a minha vida inteira e agora tudo que quero é seguir a minha própria vontade, apesar de não saber ainda qual é. Foi estranho ler que sabe como me sinto. Tão estranho que nem sei o que dizer sobre isso.
E você? Em quem tem confiado? Quem são as pessoas importantes da sua vida?
Atenciosamente...
Anthony.”

Era uma pergunta difícil e eu precisei pensar antes de responder.

Edward PDV

Bella demorou para responder e, quando a carta chegou às minhas mãos, a abri devagar só para não deixar transparecer minha extrema curiosidade.

“Anthony...
Fora a minha família, só existem duas pessoas importantes pra mim. Uma delas é meu melhor amigo e a outra... É um rapaz com quem me envolvi quando era bem mais jovem. Eu não sou alguém fácil de lidar. No meu colégio, metade dos alunos me detesta e a outra metade só quer transar comigo. Tenho fases e facetas e isso torna tudo mais difícil. Nesse momento não me importo em ser uma “louca”, mas não quero ser odiada para sempre, entende? Eu só queria ser normal.”

Fases e facetas? Isso definitivamente explicava algumas coisas. Sua nova fase incluía ser gentil comigo? Como é que Marie, quero dizer, Bella não queria ser odiada se ela só aprontava?

Isabella PDV

Edward escreveu uma resposta mais rápido do que eu esperava. Interessadíssima, comecei a ler:

“Marie...
Explica pra mim o que é uma pessoa normal, porque, sinceramente, acho que não existe ninguém “normal”. Hoje em dia, os valores morais estão invertidos, então o que antes era considerado bem aceito hoje já é considerado ultrapassado ou inaceitável. Tentar se adaptar a essa sociedade é que é a verdadeira loucura. Não quero ficar passando sermão nem nada, mas tem que descobrir um modo de viver bem consigo mesma. Encontrar um equilíbrio interior fará com que se encaixe na vida. Sua ânsia em se sentir aceita deve estar te fazendo tomar decisões erradas. Pense nisso!”

Petrifiquei olhando para o vazio. Algumas pessoas já tinham me aconselhado, mas Edward simplificou de tal forma que alcançou a minha alma. Por um segundo me senti exposta e confortada pela única pessoa que achei que jamais me entenderia.
Saindo lentamente do estado de letargia, voltei meus olhos para a carta.

“Mudando de assunto... E esse rapaz? Não que seja da minha conta, mas o que aconteceu? Se o cara é tão importante, por que não está com ele?
Atenciosamente...
Anthony.”

Passei a mão pelo cabelo sem saber como responder àquilo.

Edward PDV

Notei que Bella ficou levemente ruborizada enquanto escrevia. Ansioso para saber o conteúdo da carta, desdobrei-a sem rodeios.

“Caro Anthony...
Obrigada pelas tocantes palavras. Pensarei sobre o que você disse. Quanto ao que indagou, bem... Minha história com esse rapaz é bastante complicada. Sempre nutri um sentimento muito forte por ele, algo inominável. Foi o primeiro a me tocar internamente e externamente, por isso meus laços com ele vão além do entendimento de muita gente. Infelizmente, ou felizmente, o cara nunca gostou de mim. Não faço o tipo dele.”

Imediatamente olhei para Bella. Como assim não fazia o tipo dele? Ela era tão bonita, principalmente quando estava sem a maquiagem escura e as roupas chamativas. Talvez ele não gostasse mesmo da personalidade peculiar dela. Naquele momento pareceu que eu jamais tinha transado com Bella. Foi uma sensação bem estranha, considerando o nosso passado.

“Queria me interessar por outros rapazes, só que simplesmente não consigo. Não pense que fico me lamentando o tempo todo. Eu aceito que eu e ele não fomos feitos um para o outro.
Entendo que não quer falar sobre sua ex-namorada, mas como anda sua vida sentimental?
Atenciosamente...
Marie.”

Isabella PDV

Me arrependi de ter escrito sobre meus sentimentos, então, quando a resposta de Edward chegou, não me preocupei em demonstrar indiferença.

“Marie...
No momento não tenho vida sentimental; na verdade, eu nem tenho certeza se acredito nesse de lance de “amor”. Não me entenda mal, eu até queria acreditar, mas acho que atração é geralmente confundida com “amor” ou paixão. Nunca encontrei alguém que vivesse um “amor” desinteressado, entende? Assim como também nunca vi amarem um completo perdedor.”

Inicialmente não soube o que pensar, mas acabei compreendendo o ponto de vista dele.

“Os românticos acham que morrer por alguém é a maior prova de amor que possa existir, mas eu discordo totalmente. A maior prova de amor é justamente viver. Refiro-me a viver com a mesma pessoa por toda uma vida e ainda conseguir agir como um casal de adolescentes recém-apaixonados. Você conhece um casal assim? Porque eu não! Entende onde estou querendo chegar? Ainda não encontrei motivos para acreditar nesse sentimento.
Voltando a falar do cara que gosta... Não faz o tipo dele? Tem certeza que ele já sabe que seus seios cresceram?”

Coloquei uma mão no rosto, envergonhada.

“Atenciosamente...
Anthony.”

Assim que terminei de ler, o alarme tocou nos liberando da detenção. Peguei minhas coisas normalmente e fui embora.

(...)

Sabendo que Jasper tinha chegado de viagem, me refugiei em sua casa e lhe pus a par dos últimos acontecimentos.
 Nossa...  devolveu-me as cartas de Anthony quando terminou de ler.  O que pretende fazer?
 Nada. Como ele mesmo disse, somos como água e óleo.
 Não foi isso que pareceu aí nas cartas. Isabella, pode ser que...
 Não.  o interrompi, determinada.  Vou dar a Edward o que ele quer, depois vou passar um tempo na Austrália.
 Vou sentir sua falta.  suspirou tocando minha mão.  Falando nisso...  abriu a gaveta do criado mudo e tirou de lá um papel.  Fiquei um tempo em um cyber café e consegui imprimir a ficha que me pediu.
 Obrigada.  estendi a mão para pegar e ele não me entregou.
 Você sabe que tem uma foto sua...  procurou as palavras certas.  Antes da “mudança”?  ficou preocupado.
 Eu sei.  respondi melancólica.
Renovavam as fotos das fichas todos os anos e ainda não tinha tido a oportunidade de eliminar a única foto que mostrava o meu rosto deformado. Tirá-la foi uma tortura, mas na época não tive alternativa.
 Não prefere olhar antes?
 Não.  baixei a cabeça, peguei o papel e o dobrei ao meio.
Eu sabia que se olhasse para a ficha perderia a coragem de entregá-la a Edward. Não queria mais hesitar, era chegado o momento de deixá-lo e nada mais.

Continua...

Tão bonitinha essa troca de bilhetinhos. E como eles conseguem se expressar e se abrirem nessas cartinhas. Acho que o Edward também está começando a se interessar de forma romântica por Isabella. Será que ela vai mesmo entregar a própria ficha para ele? Só espero que isso não estrague tudo o que eles construíram. Beijos e até amanhã.


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4 comments:

  1. Oi moms! Adorei as cartinhas otima ideias q eles tiveram so quero ver o q vai acontecer agora. Louca pra ler o proximo. Beijusculo.

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  2. Muito lindo esse cap, os 2 trocando bilhetes com suas confidencias..
    E agora? Se Bella entregar a sua ficha?? Só quero ver a reação do Edward.

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  3. Eu tbm espero q ele não fique mto chateado,ele ta gostando dela!bjssss!

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  4. eu acho serto ela mostra logo quem ela é de verdade só assim eu tenho a serteza que edward vai se liberar pra amar a bellinha e ela a ele tbm!

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Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

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