Boa tarde pessoal! Hoje Bella vai
começar com seu plano de vingança e Edward não será sua única vítima. As coisas
vão esquentar no Democracy...
Título: Paixão e Crueldade
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Universo Alternativo, Lime, Darkfic, Drama
Censura: NC-16
Autora(o): Lunah.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, Universo Alternativo, Lime, Darkfic, Drama
Censura: NC-16
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Violência, Heterossexualidade, Sexo
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Violência, Heterossexualidade, Sexo
Paixão e Crueldade
By Lunah
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foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
Capítulo 3
Bella PDV
Acendi
um cigarro e saí do banheiro quase atropelando Tânia que esperava na fila. Com
fome e sede de Edward, segui para a sala.
O
canalha escondeu de todos o crime que cometeu na biblioteca e até o time o
ajudou nisso. É claro que o filhinho do governador não podia sujar sua imagem
de bom moço. De longe, o avistei sozinho mexendo no celular. J.P tinha mesmo
conseguido separá-lo de sua vadia assim como pedi. Era hora de atacar!
Aproximei-me
sinuosamente e me aproveitei de sua distração para sussurrar em seu ouvido.
– Te peguei!
Sobressaltado,
me encarou surpreso.
– Oi. – disse por falta de coisa melhor.
– Tem um Mustang vermelho
estacionado no final da rua. Preciso de você lá, veterano.
Ele
balançou a cabeça sem acreditar no convite.
– O que te faz pensar que estou
interessado?
Gargalhei.
– Acha que não sei que está
pensando: quem essa garota acha que é? Eu prendo a sua atenção e está louco para entender por que. Não me
quer em seu colégio, mas me acha linda. – arqueei
uma sobrancelha. – Te incomoda não saber por que estou te assediando e não a Emmett,
que tem mais a me oferecer por ser solteiro. E é aí, meu caro, que surge a
pergunta que te fará ir ao meu encontro... – o analisei dos pés a cabeça. – O que ela quer de mim?
Edward
estreitou os olhos não conseguindo revidar. Estudei-o por anos e agora ele se
sentia perdido diante de uma desconhecida que podia vê-lo por trás de sua
máscara.
Não
perdi mais tempo e saí da casa, deixando-o tentar se convencer de que não me
seguiria.
(...)
Sentada
sobre o capô do carro, esperei pacientemente. Edward se torturou por cerca de 8
minutos, até que não aguentou mais e veio ao meu encontro.
– Ainda tentando evitar o
inevitável, veterano? – zombei.
– O que quer? – parou à minha frente.
Acendi
outro cigarro, dei uma boa tragada e saboreei a fumaça antes de soltá-la na
direção dele.
– E o que você quer? – fiz uma pergunta semelhante.
– Poupe-me desse joguinho.
– Claro. – dei uma avaliada no material
diante de mim. O Cullen estava gostosinho com suas roupas de mauricinho. Jeans
escuro, blusa branca e por cima um colete preto. – falemos sem rodeios.
– É o que espero. – manteve sua postura.
– Vem cá. – Chamei-o com a mão. – O que tenho a dizer é segredo.
– Mesmo? – revirou os olhos.
– Seja bonzinho e me escute.
Ele
refletiu por um breve momento, provavelmente pensando os prós e contras. Por
fim, sua curiosidade novamente o traiu.
– Seja breve. – se aproximou.
Com
força o puxei para junto de mim e ele não resistiu. Entre minhas pernas, Edward
manteve a cabeça baixa quando meus lábios sussurraram em seu ouvido:
– Quero você, meu estimado
colega. Milímetro, por milímetro. – dei uma lambida em sua orelha. Minhas investidas seriam assim,
fatalmente diretas.
– Por que eu?
– Filhinhos de papai me excitam.
Vai me condenar por isso? – ri baixinho.
– Você é completamente louca. – ele tentou se afastar e não permiti.
– Louca não... – tentei beijá-lo e ele virou o
rosto. – Mas, com certeza, excêntrica. – pisquei o olho.
Com
esforço se desvencilhou e eu gostei dele não ter cedido facilmente, pois que
graça teria?
– Eu tenho namorada, sabia?
Desci
do carro bem animada.
– Não sou ciumenta. – fiz carinha de inocente. – Partilhar é algo tão bonito...
Sempre quis ser sócia em um bom investimento.
– Não vai acontecer nada entre
nós.
Foi
impossível não rir.
– Então por que está suando,
Falcon?
– Garanto que não tem nada a ver
com você.
– Agora que sabe o que quero vai
parar de ficar me “secando” quando eu estiver dançando? – era delicioso vê-lo perturbado
com o meu conhecimento sobre seus pensamentos.
– Você não está com toda essa
bola, sabia? – forçou um sorriso.
– Tem toda razão. E o fato de
você estar aqui prova isso. – meu sorriso debochado o deixava furioso.
Ele
se preparou para revidar, mas desistiu e bancou o educado.
– Boa noite. – saiu querendo ser superior.
– Ei, veterano! – gritei quando ele já estava a
metros de mim. Edward parou, esperou dois segundos, então olhou para trás. – Boa sorte! – acenei.
O
cara não entendeu, mas ia entender em breve. A vida dele de agora em diante
seria uma constante e árdua luta contra a tentação. Eu não pararia até
reduzi-lo a pó. E, sem remorso, me vangloriaria, pois como escreveu
Shakespeare: Quem tem mais
culpa? O tentado ou o tentador?
(...)
No
meu segundo dia no Democracy, resolvi usar novas estratégias. J.P invadiu o sistema
do colégio e me colocou em todas as aulas de Edward. Minha presença o deixou
visivelmente desconfortável, e eu nem sequer lhe dirigi a palavra. Muito pelo
contrário, minha intenção era apenas observá-lo. O cretino sentiria o peso dos
meus olhos onde quer que fosse.
Edward PDV
Estressado,
procurei voltar a minha atenção para o cálculo que tentava resolver no caderno.
Era difícil demais me concentrar com a maníaca do outro lado da sala me
encarando.
Bella
insistia em estar no centro das fofocas. Todos comentavam que ela e o cara da
informática, o qual ninguém sabe o nome, tinham um caso. Na verdade, as más
línguas falavam que ela o usava sexualmente. Não sei o que pensar disso, só sei
que devo fugir de alguém com a reputação tão suja.
Disfarçadamente,
cocei o pescoço e olhei na direção em que ela estava. Nossos olhares se
encontraram, então imediatamente baixei a cabeça.
Droga!
Ela
nem fazia o meu tipo. Nunca gostei de garotas vulgares. Infelizmente, Bella
cheirava a sexo do bom e isso era difícil de ignorar. Como qualquer ser humano
idiota, eu estava me sentido atraído pelo que era proibido.
Essa merda não pode estar acontecendo comigo! Não faz nem 48h que
conheço essa louca!
Bella PDV
Segui
Edward até pelos corredores. Ele tentava me ignorar usando sua postura
disciplinada e “superior”. Mal percebia que eu estava crescendo à sua volta
como erva daninha, me enrolando lentamente em suas pernas, braços e tórax, até
o momento em que minhas raízes o puxariam para baixo.
Tânia
sentou-se ao lado do namorado na aula de Biologia, e nem assim lhe dei
descanso. Ele tocava frequentemente a vadia, tentando me mostrar que ela era a
dona de seu coração. O engraçado é que eu não me importava, pois ela podia
ficar com o coração, já que em breve todo o resto do corpo seria meu.
Estava
tão concentrada no Falcon que mal percebi que o alarme de incêndio havia
tocado. Os alunos saíram da sala apressados e eu tive que segui-los. Os
corredores ficaram lotados e logo o diretor apareceu ordenando que voltássemos
para as salas. Não havia incêndio, apenas humilhação. J.P estava pregado pelo
blazer no quadro de avisos e em sua testa estava escrito “bundão”.
Isabella PDV
– Jasper, pelo amor de Deus me
diga quem foi! – Eu o seguia pelo estacionamento.
– Deixa pra lá, Isabella. – abaixou-se para abrir a tranca de
sua bicicleta.
– Por que não convenceu o
Sr.Weber a punir os delinquentes?
– Até parece. – riu sem humor. – É a palavra do bolsista contra
a dos riquinhos.
– Chega! Eu preciso fazer algo.
– Não! – se chateou. – Ontem tentou mudar as coisas e
eu só me ferrei. Emmett e Mike estavam furiosos porque deram um “festão” e hoje
as pessoas só comentam sobre “o nerd sem nome e seu caso com a novata”. – montou na bicicleta. – Prefiro ficar quieto e torcer
para que me esqueçam. – saiu pedalando mais rápido do que de costume.
– ESPERA! – gritei sem nem ter tempo de lhe
oferecer uma carona.
(...)
Fiquei
a noite inteira inquieta. Dentro do meu quarto, andei de um lado para o outro
me sentindo culpada pelo que aconteceu a Jasper. No entanto, o que mais me
perturbava era o fato dos Falcons sempre ficarem impunes. As leis do mundo não
se aplicavam a eles? Eram intocáveis?
Bella PDV
Ninguém é intocável!
Esse
pensamento serviu de engrenagem para minha imaginação e, após algumas horas, já
sabia o que fazer.
Eram
03:25h da manhã quando estacionei em frente à casa de J.P. Liguei para o seu
celular e ele logo veio ao meu encontro.
– O que aconteceu? – indagou entrando no carro.
– Já sei como atingir os Falcons.
– O quê? Não me conte, não quero
nem saber. – bufou.
– Não vê que existem outras
pessoas sofrendo com os abusos deles? Até quando vamos ficar indiferentes? – fui firme em meu discurso. – Nós temos o poder de virar o
jogo. O melhor de tudo é que vamos estar seguros, os Falcons nem vão saber de
onde estão vindo os golpes.
– Como assim? – finalmente se interessou.
(...)
Passamos
o resto da madrugada discutindo os detalhes do meu plano. J.P adicionou algumas
idéias e moldamos o golpe que atingiria o Democracy no estômago.
Havia
muito a ser feito, por isso trabalhamos no projeto durante as aulas, usamos os
computadores da biblioteca, fugimos do colégio nos intervalos para comprar
alguns equipamentos e no final do dia estava tudo quase pronto.
Nosso
dia foi corrido demais para eu torturar Edward como pretendia. Mesmo assim,
continuei a cercá-lo. O maldito resistia, tentando lutar em uma guerra que já
tinha perdido desde o momento em que foi me encontrar no Mustang.
(...)
– Já arrumei tudo. É quase
meia-noite, tem certeza que quer fazer isso? – J.P virou-se para mim.
– Absoluta!
J.P
teve bastante trabalho, mas sua genialidade deu asas à nossa vingança. Dentro
de seu quarto montamos a nossa central. Eu mesma espalhei, o dia inteiro,
avisos nas salas de chat do Democracy. Fiz uma propaganda anônima do site
“Filhos da Democracia”, o qual transmitiria um programa de rádio que chocaria a
todos. A notícia correu como fogo em um rastro de pólvora.
Ele
olhou para o relógio e se amedrontou.
– Isabella , se iniciarmos a
transmissão agora não há volta. Eu sei que sou bom, mas qualquer dia desses
podemos ser pegos.
– Prepare as músicas, cuide do
site e deixe o resto comigo. – estava mais do que determinada.
– Que assim seja! – ele assumiu os riscos junto comigo,
chocando sua palma na minha em um cumprimento. – Entramos no ar em 60 segundos.
Sentada
na cadeira giratória, ascendi um cigarro e bebi um pouco de gin. Depois, peguei
o microfone e deixei que minha mente transtornada me guiasse.
– 5... 4... 3... 2... No ar!
– Você está ligado agora na
rádio Filhos da Democracia e eu, meus caros colegas, sou A voz da democracia. – graças à equalização de som,
para os ouvintes minha voz soava rouca e masculina. – Somos jovens, estúpidos e estudamos na mesma
bosta de colégio. Alguém aí já leu o que significa democracia no dicionário? – gargalhei. – “Governo do povo. Regime
político que se funda na soberania popular, na liberdade eleitoral, na divisão
de poderes e no controle da autoridade.” Não se engane! Democracia é apenas uma
prostituta que presta favores a quem tem mais poder aquisitivo. – J.P olhou para mim e sorriu, em seguida voltou-se para os
computadores colocando uma música de fundo para tocar enquanto cuidava para que
o nosso I.P não fosse rastreado.
– Vocês estão aí agora,
fazendo seus deveres de casa. Comendo o que lhes mandam comer, bebendo o que
lhes mandam beber. Prisioneiros de seus próprios estilos de vida... Mas não se
preocupem, essa noite serei a voz da sua consciência, o pensamento perverso que
reprimem. Comecem a se perguntar: do quê esse louco está falando? – dei uma boa tragada no cigarro. – Segredos! Ah, doces segredos... – girei na cadeira me divertindo. – Temos
essa espada sobre nossas cabeças. Segredos pequenos, segredos grandes. Se você
estuda no Democracy, corra e se esconda embaixo da cama, pois esta noite
falaremos de suas vergonhas. – J.P
colocou a música no último volume.
Edward PDV
Meu
telefone tocou e imediatamente atendi.
– Você está ouvindo isso? – era Emmett.
– Estou. – respondi olhando para o notebook.
– Quem é esse cara? Um monte de
gente já me ligou. A galera está falando desse programa até por torpedo e MSN.
Acho que o Democracy inteiro está ouvindo esse doido.
Levantei
da cama, muitíssimo irritado.
– Não acredito que isso está
acontecendo justamente durante o meu mandato. Não pode ser verdade! – quase soquei a parede.
– Aguenta aí que estão me
ligando. Daqui a pouco falo com você.
Bella PDV
– Vamos lá! Eu preciso de
alguma ajuda aqui! Mandem recados pelo site e me contem seus segredos ou os
segredos de outros. Não importa a procedência, chega de hipocrisia, se liberte
pra cometer algumas heresias. – ri de minha própria rima. – Quem
foi na festa da vitória na casa do Falcon Emmett McCarty? Se você é um
“rejeitado” e nem sequer foi convidado, te digo que não perdeu muita coisa. Vou
fazer um pequeno resumo. – pigarreei com sarcasmo. – Haviam egos inflamados, cerveja barata e sexo
imprudente. Os gloriosos Falcons bradavam sua glória, enquanto alguns deles
desmaiavam em cima do próprio vômito, como aconteceu com Mike Newton. A corte
estava lindamente decorada com seus bobos e cortesãs. Uma delas se destacou... – gargalhei. – É! Estou falando da vadia novata que anda
levando alguns pobres garotos para a perdição. – J.P ficou surpreso quando
comecei a falar de nós, mas entendeu que aquilo era uma mera estratégia para
nos tirar da lista de suspeitos. – Pelo amor
de Deus! Alguém sabe o nome daquele nerd feioso? Bem, mas a
verdade seja dita... Nossos idolatrados vermes são apenas reflexos do sistema
que criamos em nosso colégio. Não, não culpe ninguém se está insatisfeito,
pois... – gritei o mais alto que pude. – A
CULPA É TODA SUA, SEU FILHO DA PUTA! – levantei da cadeira. – Falando em filhos da
puta, vou me incluir na lista e contar-lhes um pequeno segredinho. Sim, faço de
tudo para entreter meus ouvintes. – bebi mais um pouco de gin. – Existe
uma bela jovem no Democracy. Cabelos castanhos, uniforme engomadinho e uma
língua contaminada pela inveja. Aposto que já sabem de quem estou falando,
afinal, quem nunca foi vítima das fofocas de Jéssica Stanley? – J.P riu alto já sabendo onde eu queria chegar. – Só que a garota não usa a boca só para
difamações. Claro que não! Ela também serve para praticar sexo oral no
estacionamento do colégio à noite. – meu amigo
mandou ver na sonoplastia. – Oooohhh! Mas com
quem? – fiz uma pausa e acendi outro cigarro. – Vou lhes dar uma dica: todos
nós temos medo dele, pois o sujeito tem o poder de nos ferrar totalmente em uma
das matérias mais difíceis. – deixei que os alunos pensassem. – LEVANTA
A MÃO AÍ QUEM JÁ DESCOBRIU QUE ESTOU FALANDO DO SR. MOLINA! – joguei o microfone para o alto e o peguei em seguida. – É
ISSO AÍ! MANDA VER, JESS-BOCA-DE-VELUDO! Gente, mas não a julguem,
afinal sexo oral é uma boa forma de passar em Biologia. – o professor não tinha como se dar mal, pois não havia provas pra
fortalecer a acusação, mesmo ela sendo verídica. Só que o delicioso era
justamente causar a desconfiança. – Bem, bem,
bem... – suspirei voltando a sentar. – Algo me diz que podemos fazer melhor que isso.
Mandem-me uma mensagem, tenho sede de segredos!
(...)
Fiquei
1 hora lendo os segredos enviados pelos ouvintes, nada de muito importante,
apenas intrigas amorosas e confissões engraçadas. Eu já estava me enchendo
daquela merda. Ansiava por algo que afetasse diretamente os Falcons.
Priorizei
meus objetivos, não tocando em momento algum no nome do Cullen. Sabia que ele
estava preocupado, mas queria que se sentisse seguro e acima daquelas
vulgaridades. O que tinha reservado para ele era bem maior do que uma
caluniazinha anônima.
– Ei, olha isso. – enquanto uma música rolava, J.P
me mostrou uma mensagem enviada pelo site.
– Não acredito... – murmurei.
Um
anônimo acusou Mike de vender cocaína dentro do Democracy. O mais interessante
é que indicou o local onde ele supostamente guardava a droga.
– O que vai fazer? – ficou nervoso.
– Está fazendo a pergunta errada. – levantei-me e o obriguei a fazer
o mesmo. – A pergunta certa é: o que você vai fazer?
O
cara demorou alguns segundos para entender onde eu estava querendo chegar.
– Não. Não posso fazer isso! – tentou se afastar e não permiti.
– Escute aqui... – o segurei pelo colarinho. – Foram anos de bullying. Esse é
um daqueles momentos na vida em que nos vemos em uma encruzilhada. Se for um
covarde agora, será um covarde para sempre, pois está traindo a si mesmo não
querendo sair da posição de vítima. – obriguei-o a olhar dentro dos meus olhos. Até podia sentir sua
respiração entrecortada em minha pele. J.P estava indeciso e preso ao
conformismo, por isso só havia uma frase capaz de arrancá-lo da letargia.
– VOCÊ. NÃO. NASCEU. PRA. SER.
UMA. VÍTIMA! – não foi preciso dizer mais
nada. Minhas palavras o induziram abdicar do medo e da posição de capacho dos
Falcons.
– Me passa o microfone. – pediu com frieza.
Sorri
torto e lhe entreguei nossa arma. Enquanto ele se preparava para entrar no ar,
coloquei uma música de fundo que o inspirasse.
– Está pronto? – questionei como dedo em cima do
botão vermelho. J.P ergueu a cabeça e assentiu.
– Finalmente alguém teve a
ousadia de nos enviar uma mensagem decente. Agora sim temos um segredo
show! – sentou na cadeira onde eu estava antes. – E quer saber? Pouco me importa se é verdade ou
mentira. – dava para sentir o rancor
embutido em sua voz. – Há algo de
podre no reino do Democracy. – deu um grande gole no meu gin. – Um
de nossos alunos mais queridos, um dos melhores, se não o melhor jogador do
time de basquete, tem tirado uma graninha boa vendendo cocaína dentro do nosso
colégio. O burro guarda o bagulho dentro do próprio armário. – riu. – Ele é um Falcon, é um idiota... Mike
Newton, você foi pego, meu chapa!
Isso!
Ergui
as mãos para o alto em comemoração.
– Mas sabe... – J.P suspirou tirando seus
óculos. – Mesmo com a instituição
completamente fodida, insistimos em manter as aparências em nome da honra
estudantil. Nós somos os bastardos que sustentam aquele colégio “tradicional e
renomado”. – bebeu mais um pouco de gin,
mantendo a mesma linha crítica que estabeleci. – É... Eu sinto o cheiro da hipocrisia. Está em
toda parte. – olhei para o monitor e notei
que os números de acessos do site disparavam. – Algum
dia já sentiram que suas vidas são uma baita mentira? É! Uma farsa mesmo! Tem
dias que você nem se reconhece. Sabem do que estou falando? Sabem quando deitam
pra dormir e ficam pensando um monte de lixo como: será que vou levar bomba em
matemática? Como faço pra aquele garoto gostar de mim? Por que meus pais não me
ouvem? O que faço para me destacar na vida? Nos preocupamos com coisas tão
ridículas enquanto ferramos com a camada de ozônio e devoramos os recursos
naturais como gafanhotos famintos. As pessoas estão lá fora se matando por nada
e para nada, mas quem se importa? Sério, quem... realmente... se importa? Então
você acorda cedo, veste seu uniforme e vai para o colégio ou para o trabalho
todo o santo dia como se fosse a coisa mais importante da sua existência. Pelo
quê está vivendo? Pelo seu futuro? Lamento dizer, mas nem todos nós veremos o
futuro... – gemeu com sarcasmo. – Não me pergunte por que as coisas são como
são, só me pergunte como sobreviver a isso. – coloquei uma nova música para tocar.
– Essa madrugada seja o dono de si mesmo por alguns minutos. Olhe
em volta, está sozinho! Não tem ninguém para agradar ou impressionar. TENHA
ATITUDE PELO MENOS UMA VEZ! LIBERTE
SUAS LOUCURAS ANTES QUE A ROTINA TE DESTRUA, PORQUE, QUANDO AMANHECER, MEUS
COLEGAS, TODOS VOLTAREMOS A SER OBEDIENTES SERVOS DELA! ENTÃO
PERCA A CABEÇA ENQUANTO PODEEEEE! – levantou-se num pulo e subiu em cima da cadeira. – OOOOOOOOOOOOOOOWWWWWWWW!
– AAAAAAAAAAHHHHHHHHHH! – eu mesma gritei contagiada pela
música e pelas verdades ditas por J.P.
– ENLOUQUEÇAAAAAAAAAAAAAAAAAA! – gritou e saímos pulando pelo
quarto.
Isabella PDV
Até
eu, que estava totalmente focada em minha vingança, senti a necessidade de
extravasar. De esquecer o colégio, das obrigações... Tudo! Aprendi com Jasper
que às vezes é necessário apertar o botão de “reiniciar”, antes de voltarmos às
nossas vidas cheias de restrições.
Podia
sentir que o desabafo de Jasper tinha alcançado o seu alvo. Era possível que
dezenas de pessoas estivessem se identificado com sua mensagem, fazendo com o
que a nossa revolta tivesse um fim bem mais nobre do que planejamos.
Chacoalhamos
a cabeça, pulamos e gritamos muito. Tínhamos a forte impressão de que, em algum
lugar, nossos ouvintes dançavam em seus quartos, gritando com o mesmo fervor,
apelando para a mesma rebeldia juvenil que só dura alguns anos.
– NESSA MADRUGADA SE LIVRE
DOS RÓTULOS! – Jasper estava mesmo inspirado. – APROVEITE,
PORQUE NESSE MOMENTO VOCÊ NÃO É UM NERD, NÃO É UMA LÍDER DE TORCIDA, NÃO É UMA
ANTI-SOCIAL, NÃO É UM BADBOY, NÃO É UM INTELECTUAL, NÃO É UMA PATRICINHA, NÃO É
UM FALCOOOOON!
PDV ISABELLA & EDWARD
Edward: Pulando sozinho, me senti um “ninguém”.
Eu já nem me lembrava como era essa sensação. O discurso do maluco me fez ficar
momentaneamente fora de órbita. Sem sobrenome, sem cargo, sem ideais, sem
ambição... Livre! De olhos fechados e com as mãos entranhadas em meus cabelos,
senti a batida da música em cada pedaço da minha inesperada insanidade.
Isabella: Com a voz rouca de tanto gritar, girei
pelo quarto totalmente entregue. Com Jasper tão fora de controle quanto eu,
agora não havia bastardo no Democracy que fosse capaz de nos deter.
Edward: Que irônico. Eu estava curtindo o
momento, mas quando o dia amanhecesse seria um dos que caçaria o maluco da rádio.
Isabella: Todos, os bons e os maus, mereciam uma noite sem rótulos antes dos
martelos dos juízes anunciarem nossas sentenças. Estava feito... Agora era só
deixar os dados rolarem.
Enquanto
a música ainda tocava, peguei o microfone e encerrei o programa.
– Está se perguntando quando
os filhos da democracia voltarão a bradar? Ninguém sabe, mas não se preocupe,
não seremos silenciados. Não perca seu tempo tentando descobrir minha
identidade, pois eu sou a citação viva de Hamlet: “sou orgulhoso, vingativo,
cheio de ambição, e disponho de maior número de delitos do que de pensamentos
para vesti-los, imaginação para dar-lhes forma ou tempo para realizá-los”. –
suspirei. – Não deves confiar em ninguém...
Out Of Control - Hoobastank
Eu fiz tudo como você disse
Eu segui suas regras sem questionar
Eu pensei que me ajudaria a ver as
coisas claramente
Mas em vez de me ajudar a ver
Eu olho em volta e é como se eu fosse
cego
Eu estou girando fora de controle,
fora de controle
Eu estou girando fora de controle,
fora de controle
Onde eu devo ir? O que eu devo fazer?
Eu não entendo o que você quer de mim
Já que eu não sei se posso confiar em
você
Eu não entendo o que você quer de mim
Eu sinto como se estivesse girando
fora de controle
Tento focalizar mas esta tudo
distorcido
E desde o princípio pensei que você
estaria lá
(pensei que você estaria lá)
Então me deixe saber que não estou
sozinho
Mas na verdade, isso é exatamente o
que eu quero
Eu estou girando fora de controle,
fora de controle
Eu estou girando fora de controle,
fora de controle
Onde eu devo ir? O que devo fazer?
Eu não entendo o que você quer de mim
Já que eu não sei se posso confiar em
você
Ou de todas as coisas que você disse
para mim
E eu posso nunca saber a resposta
para esse mistério sem fim...
Onde eu devo ir? O que devo fazer?
Eu não entendo o que você quer de mim
Eu disse um mistério... Eu disse um
mistério
Eu estou girando fora de controle,
fora de controle
Continua...
Eita que
esses dois causaram uma revolução nesse colégio. Só tenho uma palavra pra dizer
o que acho dela Bella: MEDO. Essa Bella me causa arrepios e algo me diz que ela
ainda vai aprontar muito com o Edward e com o restante dos Falcons. Beijos e
até amanhã.
+ FANFICS ROBSTEN E BELLARD
é igual ao 2 =/
ReplyDeleteCrazy
esse cap não o de ontem ta repetido?
ReplyDeleteEu adorei esse cap... Essa Bella é do capeta!!! kkkkkkkkkkkkkk
ReplyDelete