Oi gente! Parece que a conversa na
cafeteria foi o suficiente para Bella aceitar a proposta de Edward...
Título: Nove Meses
Autora(o): Anne Stewart
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18
Autora(o): Anne Stewart
Shipper: Bellard
Gênero: Drama / Romance.
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Personagens: Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmett Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jessica Stanley, Angela , Jacob Black
Avisos: Sexo
Personagens: Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmett Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jessica Stanley, Angela , Jacob Black
Avisos: Sexo
Nove Meses
By Anne
Stewart
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"Estou ciente, quero
continuar!"
Capítulo 6 - The beginning
Bella POV
- Não
acredito que você aceitou. – Laurent balançava a cabeça, com uma expressão que
transparecia tanto incredulidade quanto tristeza. Eu entendia.
- Eu
sei que é... Estranho. – expliquei – Mas eu prometo Laurent, que assim que eu
passar por... – olhei de soslaio para Edward, que estava sentado ao meu lado no
escritório de Laurent - esse processo,
eu vou retornar. Mas antes preciso saber se você me libera por uns meses. Se
você vai me deixar fazer essa loucura.
Pude
notar que Edward revirava os olhos.
Eu
torcia no fundo para que Laurent não deixasse, mas não pude deixar de pensar
que isso tudo me favorecia. Eu ganhava muito bem na Sin City, mas Edward me
garantiu que eu teria um bom pagamento se eu aceitasse ser sua barriga de
aluguel. O que eu levaria meses para juntar na Sin City, eu ganharia em dois
meses com Edward. E eu realmente precisava de grana.
Laurent
me fitou com seus olhos negros e penetrantes.
- E
faz sentido discutir?
Edward
se dirigiu a ao amigo.
-
Laurent, quero que saiba que não estou te obrigando a liberar Mer... Bella. Eu
quero saber se você permite, sem pressão, que Bella seja minha por alguns meses. Quando tudo isso
acabar, você a terá de volta.
O
modo como Edward falou ao dizer que eu seria sua me causou um arrepio. Era como
se ele tivesse se agarrado a mim como um alicerce para sua vida. Como se não
houvesse outras mulheres – com certeza, bem mais bonitas do que eu – que
pudessem ajudá-lo a fazer essa loucura.
Laurent
parecia entender os motivos de Edward. Acabou aceitando.
Estávamos no Volvo XC60 prata de Edward, indo em
direção à sua casa. Ele me explicaria com mais detalhes o que o levou a tomar
uma decisão radical. Eu estava mais do que curiosa. Meu estômago revirando me
dizia isso.
Comecei
a estalar os dedos de nervosismo, e o silêncio dentro do carro só aumentava meu
chilique.
Edward
pareceu perceber.
-
Nervosa?
Encarei
seu rosto que qualquer modelo daria para ter.
-
Mais ou menos... Quer dizer... Estou em estado de surto. Posso enlouquecer a
qualquer minuto.
Ao
contrário de mim, Edward parecia bastante seguro. Seu sorriso, que poderia ser
capaz de iluminar qualquer ambiente, confirmava meu pensamento.
Ele levou
sua mão direita em direção ao som de seu carro e ligou o MP3. O curto espaço do
carro foi tomado por um som tranquilizante e relaxante. A música clássica
pareceu acalmar meus nervos.
Edward
percebeu.
-
Parece que meu plano deu certo. – comentou com um sorrisinho.
Não
pude deixar de sorrir.
- Tem
razão. Mas música clássica é assim, – expliquei – é impossível resistir às
melodias. – suspirei.
Chegamos
a sua casa. Era um flat no último andar de um prédio de luxo. Localizado na rua
mais badalada de Nova York, a Madison Ave.
Ele me explicara que sempre quisera morar em uma casa grande, com um enorme
jardim na entrada. Mas como mora sozinho, não tinha sentido morar em uma casa
tão grande.
Meu
queixo quase caiu quando entrei.
O
hall de entrada era todo de madeira escura, com mesas de vidro nas laterais,
onde continha livros, revistas e vasos de orquídeas artificiais. O piso era
todo em madeira, era brilhante e reluzente. Dava para ver o meu reflexo lá
embaixo. As paredes eram brancas como nuvens, dando mais destaque aos móveis de
cor escura. A sala era o maior cômodo, com dois grandes sofás brancos e uma
mesa de centro de vidro, onde havia objetos pequenos decorativos. O tapete era
tão branco quanto os sofás e era felpudo, dando uma sensação de maciez que me
dava vontade de enfiar os pés nele; Alguns quadros enfeitavam as paredes do
lugar. Não pude deixar de notar a enorme TV de plasma embutida na parede, com
uma estante pequena branca e preta embaixo dela, onde havia um aparelho de DVD
e vários discos de filmes.
Olhei
para o lado e vi uma enorme mesa de jantar, de vidro. As pernas dela eram de
uma madeira escurecida, da mesma cor das cadeiras. Uma parte da parede era de
um roxo escuro. Um lustre de cristal pairava sobre a mesa.
Do
lado oposto havia a cozinha. Era pequena, composta de um balcão de mármore
escuro e cinco bancos brancos de pernas metálicas. Do outro lado do balcão,
havia um fogão, armário, bancada, também de mármore, geladeira e microondas. A mini cozinha era toda em azulejo branco
e preto.
-
Nossa, que casa... – disse para mim mesma, mas tenho certeza de que Edward
ouviu.
-
Bom, sinta-se à vontade. Vou ao meu quarto e já volto num instante.
Edward
sumiu no corredor e eu me sentei no sofá. Era mais macio que minha cama.
Logo
Edward estava de volta. Carregava um notebook.
-
Preciso checar meus e-mails, o trabalho está muito agitado.
-
Isso é bom. – Sorri. Edward sorriu de volta.
- É
sim.
Assim
que terminou, Edward fechou seu notebook e se virou na minha direção. Então
lembrei-me porque estava ali.
- Bom
Bella, já que você aceitou minha proposta e Laurent te liberou, acho que devo
explicações.
-
Deve mesmo.
-
Bom, para mim é um pouco difícil me relacionar com as mulheres. Seriamente,
quero dizer.
“Desde
criança acompanhei a relação de meus pais. Era realmente... – Edward lutava com
as palavras – A relação deles não era exatamente feliz.”
"Meu
pai sempre fora apaixonado pela minha mãe, desde a faculdade. Quando ele se
formou em Medicina e ela em Arquitetura, eles se casaram. Mas Esme não era
exatamente apaixonada como meu pai esperava."
"Logo
depois do meu nascimento, as coisas pioraram. As brigas eram constantes, e
quando eu tinha cerca de nove anos, eles se separaram.
“Foi
horrível. Ele sempre a mencionava como vagabunda e outros nomes piores. Ele
descobrira que ela o traía com um amigo da faculdade, Eleazar Madson.
“Ele
ficou furioso. Ao mesmo tempo depressivo. Passou a me tratar mal, exigindo
demais de mim... Até que ele começou a jogar e beber. Chegava bêbado e me
culpava pelo que a minha mãe fizera. Eu sempre era o alvo, pois eu sempre fui o
mais grudado com ela.
“Maggie,
a governanta da casa, cuidou de nós quando nem ele e nem Esme fizeram. Ela foi
nossa segunda mãe."
Edward
estava perdido em pensamentos. Assim que parou de falar, perguntei.
-
Onde está sua mãe?
- No
Arizona. Assim que tudo veio à tona, ela se mudou para lá com Eleazar. Nunca
mais ela entrou em contato. Era como se eu e meus irmãos nunca existíssemos.
- Seu
pai?
-
Assim que fui para a faculdade, perdi o contato. Não valia à pena mantê-lo, pois
ele passou a nos ignorar desde que tudo isso aconteceu. De vez em quando ele
fala com Jasper e Emmett. Eles são a única família que eu tenho. Quer dizer,
Alice agora faz parte da família também. Casou-se com Jasper no ano passado.
Uma boa pessoa. – terminou fazendo uma careta. Não entendi.
Edward
continuou.
- E
isso tudo leva a você.
- Oh
sim. Pode começar a explicar. – eu disse sem rodeios.
-
Enfim, por causa de tudo que presenciei durante a minha vida, me levou a não
confiar em qualquer pessoa. Chegou a um momento em que eu queria muito ter
filhos, mas para isso eu precisava me casar. Considerei me casar uma vez. Não
deu certo.
Ele
continuou.
- Eu
me casei com Tanya com a condição de que ela me desse um filho. Em troca, eu a
tiraria da sarjeta. Mas ela não cumpriu, e, além disso, me traiu.
"Cogitei
em me casar com uma mulher rica e influente, mas depois de passar por algumas
experiências descobri que elas eram verdadeiras vampiras sugadoras de dinheiro
e ostentação. Por mais que tivesse muito, queriam mais e mais. Então desisti.
Eu estava pensando em alguma solução para meu problema, então eu te vi
dançando."
-
Teve a ideia de ter uma barriga de aluguel por minha causa? – perguntei em
choque.
Edward
sorriu hesitante.
- Eu
tive essa idéia enquanto eu e dirigia para a Sin City. Só faltava escolher a mulher certa. Então você subiu no
palco.
Eu
não soube o que falar por dois minutos.
-
Bom, mas... Porque eu?
-
Sinceramente? Não sei. À primeira vista, o modo como você dançava fazia parecer
que você tinha vindo de um clube de luxo e tinha uma vida boa, como a maioria
das dançarinas. Depois do que você me disse mais tarde, tive certeza de que
você era a mulher perfeita para ter um filho meu.
Corei
e ele continuou.
-
Você é jovem, bonita e saudável. E precisa desesperadamente de dinheiro.
-
Sim. Preciso. – minha garganta estava seca de repente.
- Bom,
Laurent me contou onde você mora e como você vive. A partir de agora, você irá
morar aqui. Um ótimo lugar para uma gravidez saudável.
Quase
tive um sobressalto. O que ele acabara de dizer?
- Vou
morar aqui?
- Mas é claro! – Edward disse como se fosse a coisa mais óbvia do
mundo. – Por acaso acha que permitirei que você continue vivendo onde você mora
enquanto espera um filho meu?
-
Você tem razão.
-
Bom, meu advogado está a caminho. Quero que tudo esteja bem claro para você. –
Edward falou sério. – Esse contrato te dará a garantia de que você seja
beneficiada antes, durante e depois da gravidez.
-
Hmm... Ok. Mas Edward?
-
Sim?
-
Como ficará... depois... que seu filho nascer?
Eu
não fazia o tipo maternal, e eu não era muito fã de crianças. Eu esperava que
Edward não me exigisse ser uma mãe que eu nunca pretendi ser.
-
Bom, você fará o que toda barriga de aluguel faz: não terá nenhuma obrigação
como mãe. Estará livre para voltar a dançar.
Suspirei
de alívio.
-
Ótimo.
Logo
o advogado de Edward chegou. Alec LaMarc
era um homem simpático, sorridente demais para um advogado. Eu assinei os
papéis e ele foi embora.
Assim
que Edward fechou a porta, ele se virou para mim.
-
Está livre para ir à sua casa e pegar suas coisas. Traga tudo que você acha
essencial e finalize sua estadia lá. Pois quando tudo acabar, você irá para uma
casa decente.
No
contrato, além de benefícios que eu teria na minha gravidez, Edward me deu
também uma casa em um bairro mais confortável e uma conta bancária, com uma
quantia generosa de 200 mil dólares.
É,
minha vida de merda estava se transformando em um conto – ou quase isso – de
fadas. Realmente era mais do que eu esperava.
Peguei
minha bolsa, me despedi de Edward e fui para o Brooklin pegar minhas coisas e
sair de lá para nunca mais voltar.
Edward POV
Assim
que Bella saiu, liguei para Kate vir arrumar o quarto de hóspedes para ela e
logo depois liguei para Emmett e Jasper, para contar a novidade. É claro que eles
ficaram chocados.
Alice,
pelo contrário, ficou feliz. Enquanto Jasper falava para ela sobre o que eu
contei, a ouvi balbuciar algo sobre compras.
Quando
Bella chegou, avisei de iríamos jantar na casa de Jasper. Ele, Alice e Emmett
queriam conhecê-la. Ela ficou um pouco surpresa, mas aceitou.
-
Amanhã nós começaremos os procedimentos – eu explicava à Bella enquanto íamos
para a casa de Jasper – você fará alguns exames e então à tarde iremos à
clínica de fertilização.
- Ok.
– ela disse apenas.
Notei
que ela estava muito nervosa. Sua pele, em geral pálida, estava com notáveis
tons cor de rosa nas bochechas. Ela estava, como sempre, deslumbrante em um
vestido preto de mangas longas com um decote em V; Seus cabelos estavam soltos,
caindo como cascata em volta de seu rosto, o que me fez lembrar da sua
apresentação na Sin City.
A forma como ela balançava suas madeixas marrons era fascinante.
Pigarreei.
-
Algo a perturba?
Ela
pareceu voltar a si quando quebrei o silêncio.
- Só
pensando no que os seus irmãos irão pensar de mim.
-
Eles já sabem de tudo. – disse, e isso pareceu tirar ao ar de seus pulmões.
Tratei de acalmá-la. – Mas eles entenderam. Talvez você não saiba, mas meu
irmão mais velho, Emmett, está saindo com uma de suas colegas, Rosalie.
- Oh
sim! Ela comentou que estava saindo com alguém. – isso pareceu acalmá-la.
-
Bom, como eu disse, não se preocupe. Eles sabem e entendem, e estão ansiosos
para conhecer você.
-
Acho que isso é bom.
- Mas
Bella, – iniciei uma conversa. Odiava o silêncio – você nunca tentou encontrar alguém?
Suas
feições se endureceram.
-
Não. – saiu quase como um rosnado. Ela parecia mais um gatinho do que um leão.
Sorri sem que ela percebesse. – Já havia pensado nessa hipótese, mas quando se
convive horas por dia com homens idiotas e asquerosos a tendência é o ódio.
Bella
falava como se tivesse sofrido nas mãos de alguém. Decidi perguntar.
- Já
sofreu na mão de alguém?
Ela
me encarou com um olhar de tristeza e ódio.
- Não
precisa falar sobre isso... – comecei e ela suspirou.
- Uma
vez.
Parei
de falar.
- Eu
tinha 16 anos. Havia acabado de fugir de um orfanato. Era o terceiro que eu
abandonava. Encontrei um beco e me escondi lá. Já era noite e eu precisava me
manter longe dos olhares dos "maus". – ela fez aspas com as mãos. –
Havia um homem lá, e ele me cobrou um preço para passar a noite lá.
"Eu
disse que eu não tinha grana, mas ele me disse que não era de grana que ele
estava falando. Na época estavam ocorrendo muitos homicídios e as ruas estavam
perigosas depois das onze da noite. Eu não tive escolha..."
Bella
fechou os olhos com força. Parecia tentar afugentar o pensamento de sua cabeça.
Ela não precisou terminar para eu entender o que ela estava me explicando.
Quando
eu tentava dizer algo condolente a ela, Bella começa outra vez.
"Foi
nojento, repugnante. Fiquei com um ódio mortal daquele homem. Depois que eu
terminei meu pagamento,
ele simplesmente se levantou e me disse:
'O lugar é todo seu. Fique à vontade.' E foi embora. Ele havia me obrigado
a transar com ele para poder dividir o lugar, mas logo descobri que ele apenas
queria tirar onda com a minha cara. Tive vontade de arrancar as bolas dele. Me
deixou sozinha no beco. Me lembro de ter vomitado a noite toda.
“Me
senti suja e seca. Eu queria me matar, arrancar minha pele... Torci para não
ter pegando nenhuma doença. Sorte minha que eu não peguei nada. Depois disso,
resolvi arrumar um lugar definitivo. Consegui achar um clube no Brooklin e me
instalei por lá.
“Comecei
a fazer apresentações de dança, e em troca, teria teto e comida. Era tudo uma
droga. Mas preferia isso às ruas."
Bella
suspirou novamente e olhou para mim.
-
Desculpe por ter falado demais.
-
Imagina, fui eu quem começou o assunto. Me desculpe. E... sinto muito por tudo.
Bella
soltou uma risada de escárnio.
-
Você não precisa sentir. A vida é uma droga mesmo. Não temos que sentir. Temos
apenas que tentar manter a cabeça erguida a cada pancada que levamos no
cérebro.
-
Você tem razão. Para falar a verdade, eu não deveria estar reclamando da minha
vida. Depois de escutar o que você passou... – balancei a cabeça e olhei a
estrada a minha frente - ... Ter pais desnaturados e viver rodeado de mulheres
interesseiras não é nada.
Bella
sorriu.
-
Concordo com você.
Chegamos
à casa de Jasper. Bella parecia mais calma.
Alice
nos esperava na varanda. A tampinha quicava feito uma criança à espera de um
presente de natal.
- Boa
noite! – ela nos cumprimentou calorosamente. Ao contrário de Jasper, Alice era
completamente elétrica. Nesse caso eu era obrigado a concordar com a frase "os opostos se atraem".
- Boa
noite Alice. Essa é Bella.
Alice
estendeu a mão para Bella, fascinada.
- É
um prazer conhecer você Bella.
Bella
sorriu timidamente.
- O
prazer é meu, Alice.
-
Vamos entrar.
Apresentei
Bella a cada um dos meus irmãos, e como era de se esperar, Rosalie estava com
Emmett. Ela parecia surpresa por ver Bella ali.
A
noite passou voando. Com o passar do jantar, Bella foi se soltando. Alice logo
de cara gostou dela. Rosalie, Bella e Alice se sentaram em um canto para
conversar. Logo se ouvia as risadas.
-
Acho que ocorreu tudo bem. – Jasper comentou.
- Sim,
– Emmett começou – elas se deram muito bem com Alice. Só quero ver a cara do
papai quando souber de tudo.
Fechei
a cara.
- Ele
não tem que achar nada Emm. Somos adultos. Não ligo para o que ele pensa.
-
Bom, não sei como dizer isso, mas acho que ele não ligaria para o que você faz Edward.
Sorri.
- Que
bom. Me poupa tempo e paciência.
Carlisle
desistiu de mim havia muito. Não que ele não tivesse gostado de ter se livrado
de mim. Todos sempre me diziam que eu parecia muito com Esme, talvez essa fosse
uma das razões para ele me querer longe.
Para
mim não fazia diferença.
Enquanto
Jasper falava com Emmett sobre um paciente inusitado que apareceu na clínica
ontem, eu observava Bella conversar com Alice e Rosalie. Ela parecia
diferente... Mais animada, solta. Desde que a encontrei de manhã, era a
primeira vez que eu havia tão feliz.
Ao
chegarmos a minha casa, Bella logo tirou os sapatos. Lancei-lhe um olhar
curioso. Então ela me disse que apesar de trabalhar em cima de saltos, ela os
detesta.
- Eu
adorei a Alice. Ela só é meia... – Bella tentava encontrar as palavras.
-
Maluca?
-
Sim.
-
Alice é realmente uma grande mulher, tirando o sentido de tamanho. – caímos na
gargalhada.
Bella
parou de repente e me encara com seus penetrantes olhos castanhos.
-
Você tem uma família perfeita. Pode estar faltando algumas pessoas, mas eu
daria tudo para ter a família que você tem Edward.
Fiquei
paralisado com suas palavras. Eram profundas, e doeu no fundo da minha alma.
Tentei
dizer algo coerente, mas Bella encerrou o assunto com a voz entrecortada.
- Boa
noite Edward. – disse indo em direção a seu quarto, me deixando estacado no
meio da sala.
Bella POV
Foi
difícil. O jantar, em boa parte fora ótimo. Adorei conhecer Emmett, Jasper e
Alice. Principalmente Alice. Mas pelo pouco tempo em que passei com ela, a
baixinha de cabelos pontudos e feições de fada não conhecia a palavra limite.
Para ser sincera, Alice deveria ser estilista em vez de dentista.
Rosalie
foi uma surpresa. Eu não imaginava que o homem por quem ela tanto suspirava
fosse irmão de Edward, Emmett, um grandalhão com cara de valentão. Mas com
coração de uma criança travessa. Era um pouco mais alto que Edward, de cabelos
pretos bem curtos e olhos castanhos. Jasper parecia mais com Edward. Seus olhos
eram verdes e seus cabelos eram louros e encaracolados.
O que
mais me doeu foi o fato de pela primeira vez na minha vida presenciar um dia de
uma família normal. Tudo bem que ainda faltavam os pais de Edward ali, mas eles
se davam muito bem para se preocuparem com isso.
E
pensar que eu poderia ter tido uma família...
Fiquei
completamente envergonhada em dar um show na frente de Edward. O que deu em
mim?
Mas
dizer aquelas coisas a Edward pareceu ser uma maneira de desabafar. Depois de
passar algumas horas com os irmãos de Edward, cheguei à conclusão de que ele
não deveria reclamar tanto assim de sua vida.
Cheguei
ao meu quarto e me despi. Resolvi dormir nua mesmo, não estava com cabeça para
procurar algo para vestir.
Eu só
queria que o sono viesse, para ver se as minhas lágrimas estúpidas paravam de
sair de meus olhos.
***
-
Compreendeu Srta. Swan?
O
doutor quarentão e bonitão me encarava do outro lado da mesa. Eu estava em uma
clínica especializada em fertilização. Desde que Edward havia me dito seus
motivos a respeito de ter um filho (sem casamento) senti uma pontada de pena.
Era ridículo um homem como ele ficar sozinho, ainda mais recorrer aos recursos
tecnológicos para ser pai.
Eu
não acharia ruim se ele me pedisse para tentarmos pelo método tradicional,
pensei com sarcasmo.
Deixando
as piadinhas de lado, eu prestava atenção a tudo que o Dr. Stefan dizia. É
claro que eu entendi pouca coisa. Era como se ele estivesse falando grego.
"... A fertilização in vitro, conhecida
popularmente como bebê de proveta, é um processo no qual o óvulo é fertilizado
pelo esperma fora do útero da mulher, in vitro. A fertilização in vitro é uma
alternativa de tratamento importante para infertilidade quando outros métodos
de reprodução assistida falharam. O processo envolve controlar hormonalmente a
ovulação, remover o óvulo do ovário e deixar o esperma fertilizá-lo em um meio
fluido. O óvulo fertilizado, o zigoto, é então transferido para o útero da
mulher com a finalidade de estabelecer gravidez bem sucedida."
Não
foi tão difícil entender o processo. Eu havia visto dois anos atrás um
documentário na TV sobre isso.
- O
seu caso é muito interessante Sr. Cullen – o Dr. Stefan falava sentado em sua
cadeira. Tive vontade de revirar os olhos. Não tinha nada de interessante ali.
Barrigas de Aluguel não eram casos raros, isso qualquer um sabia. – O Sr. é
jovem e saudável. Não entendo o porquê de não tentar os métodos tradicionais...
– seu olhar caiu em mim. Eu corei. - A não ser que o Sr. seja...
Percebi
que Edward lutava para não rir.
-...
Não sou gay doutor. Apenas não quero esperar me casar para ter um filho.
Isabella é uma amiga que concordou gentilmente em me ajudar gerando meu filho.
Eu
sabia muito bem que Edward mentiu a respeito de esperar o casamento. Pelo pouco
que sabia sobre ele, eu tinha certeza de que ele namoraria, transaria sem
compromisso... Mas casar?
-
Entendo.
Depois
disso respondi umas perguntas do doutor a respeito do meu ciclo menstrual, para
ele ter ciência de quando poderia realizar a fertilização. Confesso que foi
muito vergonhoso responder esse tipo de pergunta na frente de Edward.
- Bom
Srta. Isabella, creio que já poderemos começar o processo de fertilização. Seus
exames estão em ordem.
O
doutor me receitou remédios que estimulariam minha ovulação. Meu ovário
produziria vários óvulos ao invés de um. Dentro de 14 dias eu voltaria para
fazer exames, para que o doutor saiba quando os óvulos estarão prontos para a
retirada.
-
Talvez vocês já saibam das possíveis consequências desse processo de fertilização.
– Doutor Stefan nos encarava na saída da sala.
- De
que podem nascer mais de uma criança? Sim, nós sabemos. – Edward respondeu
educadamente.
Senti
minha temperatura cair. Em nenhuma vez eu havia considerado essa hipótese.
Era
possível que eu trouxesse mais de uma criança ao mundo.
-
Bom. Então volte em 15 dias Srta. Isabella. – apertei a mão do médico, e Edward
fez o mesmo.
-
Esse processo vai ser longo... – comecei, quando estávamos no carro.
-
Sim. Mas vai valer à pena.
Concordei
balançando a cabeça. Realmente valeria a pena.
Eu
teria grana o suficiente para ter uma vida decente pela primeira vez.
Continua...
Será mesmo que
Bella vai conseguir passar por essa experiência sem formar nenhum vínculo
emocional com a criança? Acho que essa história de não querer ser mãe e continuar
levando a mesma vida depois do parto não vai se concretizar não... Vamos ver
como vai ser essa gravidez. Isso se ela conseguir engravidar. Beijos e até mais
tarde.
concordo mom ela vai se apaixonar por ela(e) ou eles despois de ela ver as carinhas. das coisas mais fofas do mundo quero ver ela deixar ele pai e filho!! Beijusculo ate amanha
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