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Saturday, June 16, 2012

FANFIC - NOVE MESES - CAPÍTULO 6




Oi gente! Parece que a conversa na cafeteria foi o suficiente para Bella aceitar a proposta de Edward...

Título: Nove Meses
Autora(o):
 Anne Stewart
Shipper:
 Bellard
Gênero:
 Drama / Romance.
Censura:
 NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Personagens:
 Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmett Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jessica Stanley, Angela , Jacob Black
Avisos:
 Sexo

Nove Meses
By Anne Stewart

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


Capítulo 6 - The beginning


Bella POV

- Não acredito que você aceitou. – Laurent balançava a cabeça, com uma expressão que transparecia tanto incredulidade quanto tristeza. Eu entendia.
- Eu sei que é... Estranho. – expliquei – Mas eu prometo Laurent, que assim que eu passar por... – olhei de soslaio para Edward, que estava sentado ao meu lado no escritório de Laurent - esse processo, eu vou retornar. Mas antes preciso saber se você me libera por uns meses. Se você vai me deixar fazer essa loucura.
Pude notar que Edward revirava os olhos.
Eu torcia no fundo para que Laurent não deixasse, mas não pude deixar de pensar que isso tudo me favorecia. Eu ganhava muito bem na Sin City, mas Edward me garantiu que eu teria um bom pagamento se eu aceitasse ser sua barriga de aluguel. O que eu levaria meses para juntar na Sin City, eu ganharia em dois meses com Edward. E eu realmente precisava de grana.
Laurent me fitou com seus olhos negros e penetrantes.
- E faz sentido discutir?
Edward se dirigiu a ao amigo.
- Laurent, quero que saiba que não estou te obrigando a liberar Mer... Bella. Eu quero saber se você permite, sem pressão, que Bella seja minha por alguns meses. Quando tudo isso acabar, você a terá de volta.
O modo como Edward falou ao dizer que eu seria sua me causou um arrepio. Era como se ele tivesse se agarrado a mim como um alicerce para sua vida. Como se não houvesse outras mulheres – com certeza, bem mais bonitas do que eu – que pudessem ajudá-lo a fazer essa loucura.
Laurent parecia entender os motivos de Edward. Acabou aceitando.
Estávamos no Volvo XC60 prata de Edward, indo em direção à sua casa. Ele me explicaria com mais detalhes o que o levou a tomar uma decisão radical. Eu estava mais do que curiosa. Meu estômago revirando me dizia isso.
Comecei a estalar os dedos de nervosismo, e o silêncio dentro do carro só aumentava meu chilique.
Edward pareceu perceber.
- Nervosa?
Encarei seu rosto que qualquer modelo daria para ter.
- Mais ou menos... Quer dizer... Estou em estado de surto. Posso enlouquecer a qualquer minuto.
Ao contrário de mim, Edward parecia bastante seguro. Seu sorriso, que poderia ser capaz de iluminar qualquer ambiente, confirmava meu pensamento.
Ele levou sua mão direita em direção ao som de seu carro e ligou o MP3. O curto espaço do carro foi tomado por um som tranquilizante e relaxante. A música clássica pareceu acalmar meus nervos.
Edward percebeu.
- Parece que meu plano deu certo. – comentou com um sorrisinho.
Não pude deixar de sorrir.
- Tem razão. Mas música clássica é assim, – expliquei – é impossível resistir às melodias. – suspirei.
Chegamos a sua casa. Era um flat no último andar de um prédio de luxo. Localizado na rua mais badalada de Nova York, a Madison Ave. Ele me explicara que sempre quisera morar em uma casa grande, com um enorme jardim na entrada. Mas como mora sozinho, não tinha sentido morar em uma casa tão grande.
Meu queixo quase caiu quando entrei.
O hall de entrada era todo de madeira escura, com mesas de vidro nas laterais, onde continha livros, revistas e vasos de orquídeas artificiais. O piso era todo em madeira, era brilhante e reluzente. Dava para ver o meu reflexo lá embaixo. As paredes eram brancas como nuvens, dando mais destaque aos móveis de cor escura. A sala era o maior cômodo, com dois grandes sofás brancos e uma mesa de centro de vidro, onde havia objetos pequenos decorativos. O tapete era tão branco quanto os sofás e era felpudo, dando uma sensação de maciez que me dava vontade de enfiar os pés nele; Alguns quadros enfeitavam as paredes do lugar. Não pude deixar de notar a enorme TV de plasma embutida na parede, com uma estante pequena branca e preta embaixo dela, onde havia um aparelho de DVD e vários discos de filmes.
Olhei para o lado e vi uma enorme mesa de jantar, de vidro. As pernas dela eram de uma madeira escurecida, da mesma cor das cadeiras. Uma parte da parede era de um roxo escuro. Um lustre de cristal pairava sobre a mesa.
Do lado oposto havia a cozinha. Era pequena, composta de um balcão de mármore escuro e cinco bancos brancos de pernas metálicas. Do outro lado do balcão, havia um fogão, armário, bancada, também de mármore, geladeira e microondas. A mini cozinha era toda em azulejo branco e preto.
- Nossa, que casa... – disse para mim mesma, mas tenho certeza de que Edward ouviu.
- Bom, sinta-se à vontade. Vou ao meu quarto e já volto num instante.
Edward sumiu no corredor e eu me sentei no sofá. Era mais macio que minha cama.
Logo Edward estava de volta. Carregava um notebook.
- Preciso checar meus e-mails, o trabalho está muito agitado.
- Isso é bom. – Sorri. Edward sorriu de volta.
- É sim.
Assim que terminou, Edward fechou seu notebook e se virou na minha direção. Então lembrei-me porque estava ali.
- Bom Bella, já que você aceitou minha proposta e Laurent te liberou, acho que devo explicações.
- Deve mesmo.
- Bom, para mim é um pouco difícil me relacionar com as mulheres. Seriamente, quero dizer.
“Desde criança acompanhei a relação de meus pais. Era realmente... – Edward lutava com as palavras – A relação deles não era exatamente feliz.”
"Meu pai sempre fora apaixonado pela minha mãe, desde a faculdade. Quando ele se formou em Medicina e ela em Arquitetura, eles se casaram. Mas Esme não era exatamente apaixonada como meu pai esperava."
"Logo depois do meu nascimento, as coisas pioraram. As brigas eram constantes, e quando eu tinha cerca de nove anos, eles se separaram.
“Foi horrível. Ele sempre a mencionava como vagabunda e outros nomes piores. Ele descobrira que ela o traía com um amigo da faculdade, Eleazar Madson.
“Ele ficou furioso. Ao mesmo tempo depressivo. Passou a me tratar mal, exigindo demais de mim... Até que ele começou a jogar e beber. Chegava bêbado e me culpava pelo que a minha mãe fizera. Eu sempre era o alvo, pois eu sempre fui o mais grudado com ela.
“Maggie, a governanta da casa, cuidou de nós quando nem ele e nem Esme fizeram. Ela foi nossa segunda mãe."
Edward estava perdido em pensamentos. Assim que parou de falar, perguntei.
- Onde está sua mãe?
- No Arizona. Assim que tudo veio à tona, ela se mudou para lá com Eleazar. Nunca mais ela entrou em contato. Era como se eu e meus irmãos nunca existíssemos.
- Seu pai?
- Assim que fui para a faculdade, perdi o contato. Não valia à pena mantê-lo, pois ele passou a nos ignorar desde que tudo isso aconteceu. De vez em quando ele fala com Jasper e Emmett. Eles são a única família que eu tenho. Quer dizer, Alice agora faz parte da família também. Casou-se com Jasper no ano passado. Uma boa pessoa. – terminou fazendo uma careta. Não entendi.
Edward continuou.
- E isso tudo leva a você.
- Oh sim. Pode começar a explicar. – eu disse sem rodeios.
- Enfim, por causa de tudo que presenciei durante a minha vida, me levou a não confiar em qualquer pessoa. Chegou a um momento em que eu queria muito ter filhos, mas para isso eu precisava me casar. Considerei me casar uma vez. Não deu certo.
Ele continuou.
- Eu me casei com Tanya com a condição de que ela me desse um filho. Em troca, eu a tiraria da sarjeta. Mas ela não cumpriu, e, além disso, me traiu.
"Cogitei em me casar com uma mulher rica e influente, mas depois de passar por algumas experiências descobri que elas eram verdadeiras vampiras sugadoras de dinheiro e ostentação. Por mais que tivesse muito, queriam mais e mais. Então desisti. Eu estava pensando em alguma solução para meu problema, então eu te vi dançando."
- Teve a ideia de ter uma barriga de aluguel por minha causa? – perguntei em choque.
Edward sorriu hesitante.
- Eu tive essa idéia enquanto eu e dirigia para a Sin City. Só faltava escolher a mulher certa. Então você subiu no palco.
Eu não soube o que falar por dois minutos.
- Bom, mas... Porque eu?
- Sinceramente? Não sei. À primeira vista, o modo como você dançava fazia parecer que você tinha vindo de um clube de luxo e tinha uma vida boa, como a maioria das dançarinas. Depois do que você me disse mais tarde, tive certeza de que você era a mulher perfeita para ter um filho meu.
Corei e ele continuou.
- Você é jovem, bonita e saudável. E precisa desesperadamente de dinheiro.
- Sim. Preciso. – minha garganta estava seca de repente.
- Bom, Laurent me contou onde você mora e como você vive. A partir de agora, você irá morar aqui. Um ótimo lugar para uma gravidez saudável.
Quase tive um sobressalto. O que ele acabara de dizer?
- Vou morar aqui?
- Mas é claro! – Edward disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Por acaso acha que permitirei que você continue vivendo onde você mora enquanto espera um filho meu?
- Você tem razão.
- Bom, meu advogado está a caminho. Quero que tudo esteja bem claro para você. – Edward falou sério. – Esse contrato te dará a garantia de que você seja beneficiada antes, durante e depois da gravidez.
- Hmm... Ok. Mas Edward?
- Sim?
- Como ficará... depois... que seu filho nascer?
Eu não fazia o tipo maternal, e eu não era muito fã de crianças. Eu esperava que Edward não me exigisse ser uma mãe que eu nunca pretendi ser.
- Bom, você fará o que toda barriga de aluguel faz: não terá nenhuma obrigação como mãe. Estará livre para voltar a dançar.
Suspirei de alívio.
- Ótimo.
Logo o advogado de Edward chegou.  Alec LaMarc era um homem simpático, sorridente demais para um advogado. Eu assinei os papéis e ele foi embora.
Assim que Edward fechou a porta, ele se virou para mim.
- Está livre para ir à sua casa e pegar suas coisas. Traga tudo que você acha essencial e finalize sua estadia lá. Pois quando tudo acabar, você irá para uma casa decente.
No contrato, além de benefícios que eu teria na minha gravidez, Edward me deu também uma casa em um bairro mais confortável e uma conta bancária, com uma quantia generosa de 200 mil dólares.
É, minha vida de merda estava se transformando em um conto – ou quase isso – de fadas. Realmente era mais do que eu esperava.
Peguei minha bolsa, me despedi de Edward e fui para o Brooklin pegar minhas coisas e sair de lá para nunca mais voltar.

Edward POV

Assim que Bella saiu, liguei para Kate vir arrumar o quarto de hóspedes para ela e logo depois liguei para Emmett e Jasper, para contar a novidade. É claro que eles ficaram chocados.
Alice, pelo contrário, ficou feliz. Enquanto Jasper falava para ela sobre o que eu contei, a ouvi balbuciar algo sobre compras.
Quando Bella chegou, avisei de iríamos jantar na casa de Jasper. Ele, Alice e Emmett queriam conhecê-la. Ela ficou um pouco surpresa, mas aceitou.
- Amanhã nós começaremos os procedimentos – eu explicava à Bella enquanto íamos para a casa de Jasper – você fará alguns exames e então à tarde iremos à clínica de fertilização.
- Ok. – ela disse apenas.
Notei que ela estava muito nervosa. Sua pele, em geral pálida, estava com notáveis tons cor de rosa nas bochechas. Ela estava, como sempre, deslumbrante em um vestido preto de mangas longas com um decote em V; Seus cabelos estavam soltos, caindo como cascata em volta de seu rosto, o que me fez lembrar da sua apresentação na Sin City. A forma como ela balançava suas madeixas marrons era fascinante.
Pigarreei.
- Algo a perturba?
Ela pareceu voltar a si quando quebrei o silêncio.
- Só pensando no que os seus irmãos irão pensar de mim.
- Eles já sabem de tudo. – disse, e isso pareceu tirar ao ar de seus pulmões. Tratei de acalmá-la. – Mas eles entenderam. Talvez você não saiba, mas meu irmão mais velho, Emmett, está saindo com uma de suas colegas, Rosalie.
- Oh sim! Ela comentou que estava saindo com alguém. – isso pareceu acalmá-la.
- Bom, como eu disse, não se preocupe. Eles sabem e entendem, e estão ansiosos para conhecer você.
- Acho que isso é bom.
- Mas Bella, – iniciei uma conversa. Odiava o silêncio – você nunca tentou encontrar alguém?
Suas feições se endureceram.
- Não. – saiu quase como um rosnado. Ela parecia mais um gatinho do que um leão. Sorri sem que ela percebesse. – Já havia pensado nessa hipótese, mas quando se convive horas por dia com homens idiotas e asquerosos a tendência é o ódio.
Bella falava como se tivesse sofrido nas mãos de alguém. Decidi perguntar.
- Já sofreu na mão de alguém?
Ela me encarou com um olhar de tristeza e ódio.
- Não precisa falar sobre isso... – comecei e ela suspirou.
- Uma vez.
Parei de falar.
- Eu tinha 16 anos. Havia acabado de fugir de um orfanato. Era o terceiro que eu abandonava. Encontrei um beco e me escondi lá. Já era noite e eu precisava me manter longe dos olhares dos "maus". – ela fez aspas com as mãos. – Havia um homem lá, e ele me cobrou um preço para passar a noite lá.
"Eu disse que eu não tinha grana, mas ele me disse que não era de grana que ele estava falando. Na época estavam ocorrendo muitos homicídios e as ruas estavam perigosas depois das onze da noite. Eu não tive escolha..."
Bella fechou os olhos com força. Parecia tentar afugentar o pensamento de sua cabeça. Ela não precisou terminar para eu entender o que ela estava me explicando.
Quando eu tentava dizer algo condolente a ela, Bella começa outra vez.
"Foi nojento, repugnante. Fiquei com um ódio mortal daquele homem. Depois que eu terminei meu pagamento, ele simplesmente se levantou e me disse: 'O lugar é todo seu. Fique à vontade.' E foi embora. Ele havia me obrigado a transar com ele para poder dividir o lugar, mas logo descobri que ele apenas queria tirar onda com a minha cara. Tive vontade de arrancar as bolas dele. Me deixou sozinha no beco. Me lembro de ter vomitado a noite toda.
“Me senti suja e seca. Eu queria me matar, arrancar minha pele... Torci para não ter pegando nenhuma doença. Sorte minha que eu não peguei nada. Depois disso, resolvi arrumar um lugar definitivo. Consegui achar um clube no Brooklin e me instalei por lá.
“Comecei a fazer apresentações de dança, e em troca, teria teto e comida. Era tudo uma droga. Mas preferia isso às ruas."
Bella suspirou novamente e olhou para mim.
- Desculpe por ter falado demais.
- Imagina, fui eu quem começou o assunto. Me desculpe. E... sinto muito por tudo.
Bella soltou uma risada de escárnio.
- Você não precisa sentir. A vida é uma droga mesmo. Não temos que sentir. Temos apenas que tentar manter a cabeça erguida a cada pancada que levamos no cérebro.
- Você tem razão. Para falar a verdade, eu não deveria estar reclamando da minha vida. Depois de escutar o que você passou... – balancei a cabeça e olhei a estrada a minha frente - ... Ter pais desnaturados e viver rodeado de mulheres interesseiras não é nada.
Bella sorriu.
- Concordo com você.
Chegamos à casa de Jasper. Bella parecia mais calma.
Alice nos esperava na varanda. A tampinha quicava feito uma criança à espera de um presente de natal.
- Boa noite! – ela nos cumprimentou calorosamente. Ao contrário de Jasper, Alice era completamente elétrica. Nesse caso eu era obrigado a concordar com a frase "os opostos se atraem".
- Boa noite Alice. Essa é Bella.
Alice estendeu a mão para Bella, fascinada.
- É um prazer conhecer você Bella.
Bella sorriu timidamente.
- O prazer é meu, Alice.
- Vamos entrar.
Apresentei Bella a cada um dos meus irmãos, e como era de se esperar, Rosalie estava com Emmett. Ela parecia surpresa por ver Bella ali.
A noite passou voando. Com o passar do jantar, Bella foi se soltando. Alice logo de cara gostou dela. Rosalie, Bella e Alice se sentaram em um canto para conversar. Logo se ouvia as risadas.
- Acho que ocorreu tudo bem. – Jasper comentou.
- Sim, – Emmett começou – elas se deram muito bem com Alice. Só quero ver a cara do papai quando souber de tudo.
Fechei a cara.
- Ele não tem que achar nada Emm. Somos adultos. Não ligo para o que ele pensa.
- Bom, não sei como dizer isso, mas acho que ele não ligaria para o que você faz Edward.
Sorri.
- Que bom. Me poupa tempo e paciência.
Carlisle desistiu de mim havia muito. Não que ele não tivesse gostado de ter se livrado de mim. Todos sempre me diziam que eu parecia muito com Esme, talvez essa fosse uma das razões para ele me querer longe.
Para mim não fazia diferença.
Enquanto Jasper falava com Emmett sobre um paciente inusitado que apareceu na clínica ontem, eu observava Bella conversar com Alice e Rosalie. Ela parecia diferente... Mais animada, solta. Desde que a encontrei de manhã, era a primeira vez que eu havia tão feliz.
Ao chegarmos a minha casa, Bella logo tirou os sapatos. Lancei-lhe um olhar curioso. Então ela me disse que apesar de trabalhar em cima de saltos, ela os detesta.
- Eu adorei a Alice. Ela só é meia... – Bella tentava encontrar as palavras.
- Maluca?
- Sim.
- Alice é realmente uma grande mulher, tirando o sentido de tamanho. – caímos na gargalhada.
Bella parou de repente e me encara com seus penetrantes olhos castanhos.
- Você tem uma família perfeita. Pode estar faltando algumas pessoas, mas eu daria tudo para ter a família que você tem Edward.
Fiquei paralisado com suas palavras. Eram profundas, e doeu no fundo da minha alma.
Tentei dizer algo coerente, mas Bella encerrou o assunto com a voz entrecortada.
- Boa noite Edward. – disse indo em direção a seu quarto, me deixando estacado no meio da sala.

Bella POV

Foi difícil. O jantar, em boa parte fora ótimo. Adorei conhecer Emmett, Jasper e Alice. Principalmente Alice. Mas pelo pouco tempo em que passei com ela, a baixinha de cabelos pontudos e feições de fada não conhecia a palavra limite. Para ser sincera, Alice deveria ser estilista em vez de dentista.
Rosalie foi uma surpresa. Eu não imaginava que o homem por quem ela tanto suspirava fosse irmão de Edward, Emmett, um grandalhão com cara de valentão. Mas com coração de uma criança travessa. Era um pouco mais alto que Edward, de cabelos pretos bem curtos e olhos castanhos. Jasper parecia mais com Edward. Seus olhos eram verdes e seus cabelos eram louros e encaracolados.
O que mais me doeu foi o fato de pela primeira vez na minha vida presenciar um dia de uma família normal. Tudo bem que ainda faltavam os pais de Edward ali, mas eles se davam muito bem para se preocuparem com isso.
E pensar que eu poderia ter tido uma família...
Fiquei completamente envergonhada em dar um show na frente de Edward. O que deu em mim?
Mas dizer aquelas coisas a Edward pareceu ser uma maneira de desabafar. Depois de passar algumas horas com os irmãos de Edward, cheguei à conclusão de que ele não deveria reclamar tanto assim de sua vida.
Cheguei ao meu quarto e me despi. Resolvi dormir nua mesmo, não estava com cabeça para procurar algo para vestir.
Eu só queria que o sono viesse, para ver se as minhas lágrimas estúpidas paravam de sair de meus olhos.

***

- Compreendeu Srta. Swan?
O doutor quarentão e bonitão me encarava do outro lado da mesa. Eu estava em uma clínica especializada em fertilização. Desde que Edward havia me dito seus motivos a respeito de ter um filho (sem casamento) senti uma pontada de pena. Era ridículo um homem como ele ficar sozinho, ainda mais recorrer aos recursos tecnológicos para ser pai.
Eu não acharia ruim se ele me pedisse para tentarmos pelo método tradicional, pensei com sarcasmo.
Deixando as piadinhas de lado, eu prestava atenção a tudo que o Dr. Stefan dizia. É claro que eu entendi pouca coisa. Era como se ele estivesse falando grego.
"... A fertilização in vitro, conhecida popularmente como bebê de proveta, é um processo no qual o óvulo é fertilizado pelo esperma fora do útero da mulher, in vitro. A fertilização in vitro é uma alternativa de tratamento importante para infertilidade quando outros métodos de reprodução assistida falharam. O processo envolve controlar hormonalmente a ovulação, remover o óvulo do ovário e deixar o esperma fertilizá-lo em um meio fluido. O óvulo fertilizado, o zigoto, é então transferido para o útero da mulher com a finalidade de estabelecer gravidez bem sucedida."
Não foi tão difícil entender o processo. Eu havia visto dois anos atrás um documentário na TV sobre isso.
- O seu caso é muito interessante Sr. Cullen – o Dr. Stefan falava sentado em sua cadeira. Tive vontade de revirar os olhos. Não tinha nada de interessante ali. Barrigas de Aluguel não eram casos raros, isso qualquer um sabia. – O Sr. é jovem e saudável. Não entendo o porquê de não tentar os métodos tradicionais... – seu olhar caiu em mim. Eu corei. - A não ser que o Sr. seja...
Percebi que Edward lutava para não rir.
-... Não sou gay doutor. Apenas não quero esperar me casar para ter um filho. Isabella é uma amiga que concordou gentilmente em me ajudar gerando meu filho.
Eu sabia muito bem que Edward mentiu a respeito de esperar o casamento. Pelo pouco que sabia sobre ele, eu tinha certeza de que ele namoraria, transaria sem compromisso... Mas casar?
- Entendo.
Depois disso respondi umas perguntas do doutor a respeito do meu ciclo menstrual, para ele ter ciência de quando poderia realizar a fertilização. Confesso que foi muito vergonhoso responder esse tipo de pergunta na frente de Edward.
- Bom Srta. Isabella, creio que já poderemos começar o processo de fertilização. Seus exames estão em ordem.
O doutor me receitou remédios que estimulariam minha ovulação. Meu ovário produziria vários óvulos ao invés de um. Dentro de 14 dias eu voltaria para fazer exames, para que o doutor saiba quando os óvulos estarão prontos para a retirada.
- Talvez vocês já saibam das possíveis consequências desse processo de fertilização. – Doutor Stefan nos encarava na saída da sala.
- De que podem nascer mais de uma criança? Sim, nós sabemos. – Edward respondeu educadamente.
Senti minha temperatura cair. Em nenhuma vez eu havia considerado essa hipótese.
Era possível que eu trouxesse mais de uma criança ao mundo.
- Bom. Então volte em 15 dias Srta. Isabella. – apertei a mão do médico, e Edward fez o mesmo.
- Esse processo vai ser longo... – comecei, quando estávamos no carro.
- Sim. Mas vai valer à pena.
Concordei balançando a cabeça. Realmente valeria a pena.
Eu teria grana o suficiente para ter uma vida decente pela primeira vez.

Continua...

Será mesmo que Bella vai conseguir passar por essa experiência sem formar nenhum vínculo emocional com a criança? Acho que essa história de não querer ser mãe e continuar levando a mesma vida depois do parto não vai se concretizar não... Vamos ver como vai ser essa gravidez. Isso se ela conseguir engravidar. Beijos e até mais tarde.

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1 comment:

  1. concordo mom ela vai se apaixonar por ela(e) ou eles despois de ela ver as carinhas. das coisas mais fofas do mundo quero ver ela deixar ele pai e filho!! Beijusculo ate amanha

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Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

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